24 de mai. de 2011

Projeto Salminus: Genética de populações e conservação dos dourados (Salminus brasiliensis) da bacia hidrografica do rio Uruguai

PROJETO DA THERIS NA VITRINE DA CARTEIRA DE FAUNA BRASIL DO FUNBIO. ACESSE O SITE, DOE OU DIVULGUE!

Nome da Instituição responsável: Theris - Grupo de Pesquisa, Manejo e Conservação da Vida Silvestre

Localização: Para este projeto 13 localidades com ocorrência de Salminus brasiliensis serão amostrados na bacia hidrográfica do rio Uruguai, sendo cinco pontos na calha principal nas localidades dos municípios de Itaqui, Porto Xavier, Vicente Dutra no Estado do Rio Grande do Sul e ainda Chapecó, no Estado de Santa Catarina, e oito pontos nos principais afluentes, sendo eles: rio Quaraí, Ibicuí, Piratinim, Turvo, Peperiguassu, Varzea, Ijuí e rio Pelotas. Os locais de amostragem foram selecionados considerando o cenário atual de fragmentação existente no rio e a perspectiva de instalação de novas barragens em especial em sua calha principal.

Objetivo geral do projeto: Devido à grande importância ecológica e econômica que o dourado possui e levando em conta o cenário atual de fragmentação dos rios da bacia do Uruguai, o PROJETO SALMINUS tem por finalidade desenvolver um estudo de genética de populações a fim de caracterizar geneticamente e populacionalmente o Dourado, Salminus brasiliensis, que ocorre na bacia hidrográfica do rio Uruguai. A partir dessas informações pretende-se identificar bancos genéticos selvagens avaliando diferenças e o nível atual de fragmentação e isolamento entre as populações naturais. Assim, esse projeto visa identificar corretamente as populações naturais, quais estão vulneráveis aos impactos previstos, verificando como ocorrem as relações entre essas populações, podendo avaliar os riscos de extinções locais, e, a partir desses resultados, propor medidas e estratégias de conservação para o dourado na bacia do rio Uruguai, gerando um efeito positivo sobre a comunidade aquática da região.

Principais atividades: Amostragem: Serão realizadas 13 campanhas de amostragem em diferentes pontos localizados na calha principal do rio Uruguai, onde coletaremos 30 indivíduos por ponto de amostragem, totalizando 360 amostras. Extração de DNA total: O DNA para as reações de PCR será obtido para cada indivíduo pelo método Fenol/Clorofórmio. Para a extração de DNA será utilizada uma pequena porção de uma das nadadeiras do animal, previamente conservado em etanol absoluto e armazenado à -20o C. Amplificação por PCR dos locos microssatélites e genotipagem: Após a extração, o DNA servirá de molde para a amplificação por reação de PCR dos locos microssatélites desenvolvidos para S. brasiliensis. Pelo menos 10 locos serão utilizados para cada amostra. Para verificar o resultado das amplificações os PCRs serão submetidos à eletroforese em gel de agarose. Após esse passo, os produtos das reações de PCR serão analisados em sequenciador de DNA automático para genotipagem dos indivíduos analisados. Análise dos dados: O número médio de alelos por loco e as taxas de heterozigose observada e esperada serão calculados pelo programa GENEALEX 6. O programa GENEPOP 4.0.7 será utilizado para calcular testes para verificar a ocorrência de equilíbrio de Hardy-Weinberg (EHW) e de desequilíbrio de ligação. Cálculos de estruturação populacional (teste exato), diferenciação geográfica, FST entre pares de populações e AMOVA serão realizados pelo programa ARLEQUIN 3.11. O número efetivo de migrantes entre as populações (Nm) será calculado pelo programa MIGRATE 3.0. O programa MEGA4 será utilizado para construir fenogramas baseados nos valores de FST pelo método NJ. As redes de interligação entre os haplótipos serão construídas pelo programa NETWORK 4.5.0.0 e a definição das populações será realizada no programa STRUCTURE.

FONTE: carteira de fauna FUNBIO