20 de set. de 2010

Contribuição Artiodactyla e Perissodactyla no Brasil

A Portaria Conjunta MMA e ICMBio nº 316, de 09/09/2009, define quecaberá ao ICMBio a elaboração das Listas Nacionais da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Neste ano, o CENAP – ICMBio é responsável pelaavaliação do estado de conservação das espécies das Ordens Perissodactyla e Artiodactyla. Este processo, iniciado em 2008, incluia revisão e compilação de todas as informações científicas sobre as espécies, a consulta ampla à comunidade científica, com o auxílio das sociedades científicas e programas de pós-graduação, a consulta dirigida aos especialistas e a elaboração de fichas de avaliação do estado de conservação das espécies, a serem discutidas e validadas em uma Oficina para a avaliação de Artiodactyla e Perissodactyla no Brasil. A avaliação do estado de conservação das espécies será feita segundo os critérios e categorias da IUCN e está sendo conduzida, para Perissodactyla, pela Coordenadora de Taxon Patrícia Médici. A avaliação do estado de conservação das antas será feita por biomase, para isto, foram elaboradas fichas de avaliação contendo todas as informações científicas encontradas sobre a espécie tanto em revisão bibliográfica ampla quanto na biblioteca virtual do Tapir SpecialistGroup. Entretanto, muitas informações de relevância para a conservação da espécie podem não ter sido publicadas ou não ter sido encontradas nas buscas (estas foram exaustivas, mas algumas informações sempre escapam). Desta forma, a pedido da Coordenadora de Taxon, estamos convidando todas as pessoas da lista de contatos do Tapir SpecialistGroup a contribuírem com a elaboração das fichas de avaliação da anta por bioma, inserindo informações relevantes ou questionando dados inseridos. Para a utilização dos critérios da IUCN, dados sobre alterações de população ou de áreas de distribuição, ameaças às populações ou a seus hábitats, são especialmente relevantes
A AUTORIA DE TODAS AS CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS SERÁ RECONHECIDA. Uma vez que as fichas encontram-se em elaboração e contém alguns dados inéditos, solicitamos que não sejam divulgadas.Estamos enviando a todos as fichas referentes a todos os biomas. Por favor, contribuam para aqueles com os quais tenham mais familiaridade. As contribuições podem ser enviadas à consultora responsável pela organização da avaliação, Lilian Figueiredo Rodrigues(lilian_figueiredo@yahoo.com.br), até dia 15 de outubro de 2010, a fim de que suas contribuições sejam utilizadas na avaliação. Agradecemos antecipadamente sua participação,

Beatriz de Mello BeisiegelCENAP / ICMBio

15 de set. de 2010

Biólogos da THERIS participam do Encontro Bacia do Prata: rumo à sustentabilidade do desenvolvimento

Os biólogos da THERIS, Fábio Silveira Vilella e Rafael Angrizani, participam do "Encontro Bacia do Prata: rumo à sustentabilidade do desenvolvimento” que acontece na cidade de Assunção, Paraguai, entre os dias 14 e 16 de setembro.

Organizações de Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai anunciaram que do encontro participarão representantes de mais de 40 ONGs dos cinco países da bacia, bem como organizações internacionais, especialistas e autoridades de governo. O evento contará, ainda, com o apoio oficial da Secretaria do Meio Ambiente do Paraguai (SEAM) e com a presença do Ministro Oscar Rivas.

Como bem destacaram as organizações promotoras do Encontro, o Comitê Holandês da IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza - através do Programa EGP (Ecosystem Grants Programme), tem apoiado a mais de 40 ONGs na Região Focal das Bacias dos rios Paraná e Paraguai, entre 2007 e este ano. Os projetos seguem temas prioritários para a região e têm conquistado importantes avanços no que se refere à melhoria das condições para a proteção dos ecossistemas e a redução da pobreza.

Entretanto, o Programa EGP chega ao fim em um momento em que a crise global afeta diretamente as doações para a conservação dos ecossistemas e da diversidade biológica e cultural, o que põe em risco a sustentabilidade dos esforços das ONGs e outras organizações da sociedade civil.

Neste contexto, o Comitê Holandês, com seu Ponto Focal para a região Paraná-Paraguai (ECOA – Ecologia e Ação) e outras organizações que se dispuseram a participar de um grupo coordenador (Fundación Proteger, Argentina; CODES e Sobrevivencia – Amigos de la Tierra Paraguay; Probioma, Bolívia; e Both ENDs, Holanda) têm promovido debates para buscar soluções e propuseram a realização deste Encontro em setembro.

Debates e Reuniões

“Nos últimos meses, muitas idéias têm sido compartilhadas, em especial nas reuniões da Rede Pantanal de ONGs e Movimentos Sociais, em Campo Grande; na reunião sobre Pesca e Sustentabilidade na Bacia do Prata, em Buenos Aires; e no encontro Diálogos Transfronteiriços da Bacia do Rio Apa, além de outros momentos oportunos”, pontuou Elías Díaz Peña, da organização Sobrevivencia - Amigos de la Tierra Paraguay.

“A partir destes diálogos, surgiu a idéia – e necessidade – de promover um Encontro, que reúna as ONGs grantees do EGP, organismos internacionais, especialistas e autoridades de governo, para pensar nas novas conjunturas sociais, econômicas e ambientais da Bacia” – ressaltou Rafaela Nicola, diretora geral da Ecoa e Ponto focal do Programa EGP para as Bacias Paraná e Paraguai.

“As novas tendências de desenvolvimento na região e seus impactos, as interrelações Norte-Sul, bem como o papel que terão as ONGs em um futuro próximo, estão também entre as temáticas que precisam ser abordadas”, destacou.

Objetivos

Entre os principais objetivos do Encontro Bacia do Prata estão a identificação de idéias boas e atrativas e a elaboração de propostas de projetos baseadas em sinergias e cooperações entre as ONGs, a sociedade e os diferentes níveis de governo. “A idéia é potencializar o trabalho feito por um importante grupo de organizações locais e nacionais, com um olhar estratégico para a região da Bacia do Prata, e com um horizonte de 4 a 5 anos” – informam as organizações promotoras do evento.

Desenvolver estratégias conjuntas para atrair e sensibilizar doadores e autoridades de governo para as questões prioritárias da Bacia, relacionadas à proteção dos ecossistemas e sua gente, e, ao mesmo tempo, dar uma maior visibilidade às idéias e iniciativas inovadoras que estão em marcha, é outro dos objetivos.

Como principais produtos, pretende-se elaborar: um documento de Visão Compartilhada sobre a Bacia do Prata, a partir das perspectivas das ONGs, especialistas e outros atores-chave, bem como da análise dos cenários sociais, econômicos e ambientais da região, além de suas relações com o âmbito global; além de um portfólio de propostas de projetos e programas que respondam às principais demandas da Bacia.

“O documento será preparado a partir de um processo coletivo, no qual se espera receber insumos dos participantes do Encontro (e durante o processo preparatório prévio), bem como de personalidades destacadas” - finalizam os organizadores.

Fonte: ECOA

25 de ago. de 2010

Projeto Naturalistas da Região Sul / FZB & THERIS

Está disponível no site da FZB mais uma tradução das obras de Hermann von Ihering dentro do projeto Naturalistas da Região Sul (parceria FZB/Theris), tendo o Walter Voss como tradutor.

Desta vez é a tradução da primeira parte do artigo "Aves dos arredores de Taquara do Mundo Novo", de Berlepsch e Ihering, publicado em 1885. Essa primeira parte traz informações gerais sobre a região de Taquara e observações naturalísticas sobre a avifauna local.

Confiram aqui.


A segunda parte do artigo, com a relação sistemática das aves encontradas por Ihering e seus colaboradores na região de Taquara, já está em fase final de preparação e estará disponível em breve.

Artigos traduzidos na primeira série do projeto Naturalistas da Região Sul:

Berlepsch, H. von & H. von Ihering . 1885. Die Vögel der Umgegend von Taquara do Mundo Novo, Prov. Rio Grande do Sul [As aves dos arredores de Taquara do Mundo Novo, Prov. Rio Grande do Sul]. Publicado no periódico Zeitschrift für die gesammte Ornithologie, volume 2, páginas 97-184. PARTE 1 JÁ DISPONÍVEL!

Ihering, H. von. 1887. Ornithologische Forschung in Brasilien [Investigação ornitológica no Brasil]. Publicado no periódico Ornis - Zeitschrift für die gesammte Ornithologie, volume 3, páginas 569-581. JÁ DISPONÍVEL!

Ihering, H. von. 1888. Die Vögel der Lagoa dos Patos. Eine Zoo-Geographische Studie [As aves da Lagoa dos Patos. Um estudo zoogeográfico]. Publicado no periódico Zeitschrift für die gesammte Ornithologie, volume 4, páginas 142-165. JÁ DISPONÍVEL!

24 de ago. de 2010

NATURALISTAS DA REGIÃO SUL

Traduções de textos naturalísticos históricos

•O que é o projeto?
•Produtos
•O tradutor
•Abordagem metodológica
•Artigos traduzidos na primeira série do projeto Naturalistas da Região Sul
•Quem foi Ihering?
•Documentos relacionados


O que é o projeto?

O projeto Naturalistas da Região Sul tem por objetivo disponibilizar traduções de textos e artigos originais de relevante interesse histórico-científico, mas pouco acessíveis ao público brasileiro em geral, escritos por naturalistas estrangeiros que atuaram no Rio Grande do Sul no passado. Além de resgatar um conjunto singular de informações sobre a fauna, a flora e o ambiente natural do Estado nos primórdios de sua ocupação pelos imigrantes europeus, o projeto também pretende prestar um tributo àqueles naturalistas estrangeiros que, tendo sido decisivos para a construção do conhecimento científico no sul do Brasil, têm parte ou a totalidade de sua obra ainda muito pouco conhecida entre os pesquisadores de hoje.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, através de seu Museu de Ciências Naturais, e a organização não-governamental Theris - Grupo de Pesquisa, Manejo e Conservação da Vida Silvestre. O projeto é coordenado pelos pesquisadores Glayson Ariel Bencke (gabencke@fzb.rs.gov.br), do Setor de Ornitologia/MCN, Fábio Silveira Vilella e Mariana Faria-Corrêa (theris.rs@bol.com.br), da Theris.

Produtos

A primeira série de traduções apresentada pelo projeto Naturalistas da Região Sul é dedicada a Hermann von Ihering e é composta por três artigos centenários sobre ornitologia, originalmente escritos em alemão e publicados entre 1885 e 1888 nos periódicos europeus Ornis e Zeitschrift für die gesammte Ornithologie. Ihering foi pioneiro no estudo das aves do Rio Grande do Sul e estes três artigos foram praticamente os primeiros a darem importante e minuciosa notícia sobre a avifauna e o ambiente natural do Estado.

Embora versem essencialmente sobre aves, os artigos também incluem breves ensaios e análises do autor sobre temas relacionados, principalmente zoogeografia, ecologia das migrações e conservação da natureza, além de trazerem valiosas informações sobre outros grupos zoológicos, especialmente mamíferos. Descrições da paisagem, costumes e organização social das regiões onde Ihering residiu e atuou enriquecem os textos com informações que podem ser úteis a profissionais das Ciências Sociais, sobretudo historiadores, geógrafos e antropólogos. Uma significativa parcela das informações contidas nestes artigos ainda não foi adequadamente explorada pelos pesquisadores da atualidade, pois jamais foi incorporada à literatura científica moderna.


O tradutor

Walter Adolfo Voss é o tradutor dos artigos que compõem a primeira série de traduções do projeto Naturalistas da Região Sul. Autor de quase meia centena de contribuições científicas sobre as aves do Rio Grande do Sul e com amplo domínio das línguas alemã e portuguesa, Voss reúne todas as qualidades necessárias para realizar traduções fiéis e qualificadas de textos ornitológicos em alemão, perfeitamente adequadas aos propósitos de pesquisas científicas e históricas.


WALTER ADOLFO VOSS nasceu em 1933, na cidade de Montenegro, RS, morando depois em Santa Cruz do Sul e Porto Alegre, no mesmo estado. De 1938 a 1948 viveu com a família na cidade de Magdeburg, Alemanha Setentrional. Entre 1951 e 1953 residiu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde também prestou o serviço militar (Aeronáutica). Fixou-se, depois, em Novo Hamburgo, RS, onde por mais de 20 anos exerceu a profissão de desenhista-projetista de máquinas e equipamentos industriais. Em 1970, matriculou-se em curso superior (UNISINOS, São Leopoldo, RS), formando-se em Comunicação Social. Mudou novamente sua residência em 1974, indo morar em São Leopoldo, para exercer (de 1975 a 1996) suas novas atividades de técnico no Parque Zoológico da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, em Sapucaia do Sul. Porém, ainda em 1989, concluiu o curso de mestrado em Ecologia (UFRGS, Porto Alegre), iniciado em 1983. Através de concurso foi admitido como professor-assistente do Centro de Ciências da Saúde na UNISINOS, dedicando-se a atividades de pesquisa e extensão naquela instituição entre 1997 e 2003.

- Na verdade, meu relacionamento com a ornitologia começou, indiretamente, quando eu tinha uns três anos de idade. Morávamos em Porto Alegre e aqueles objetos barulhentos, cruzando alto e fleumaticamente o céu sobre o nosso pátio, faziam-se notar. Só aprendi que se tratava de aviões quando, um ou dois anos mais tarde, vieram uns biplanos de marca "Bücker" exibir-se no aeroporto de São João. Faziam parafusos, loopings, piquês, rolls etc. etc., e tiravam razantes sobre a multidão assustada. Fizeram o diabo! Depois disso, meu interesse por esses artefatos estranhos intensificou-se de fato quando já residíamos na Alemanha de pré-guerra. Aí eram vistos em maior número e numa maior variedade, quanto às aparências, ruídos e velocidades. Foi um grande desafio aprender o que cada um era, e com as respectivas designações. Por sorte, logo começaram a aparecer pequenos "guias de campo" oficiais, o que tornou mais fácil a identificação, também de aviões inimigos.

Aos dez anos de idade, com meu ingresso no curso ginasial, os assuntos de História Natural, como mineralogia, reino vegetal, mundo animal, cosmografia etc. começaram a me atrair. As aves entraram na minha vida para ficar quando, num daqueles dias sombrios do outono boreal, tipicamente deprimente, topei com duas avezinhas pousadas tranqüilamente, não longe de mim. Num mesmo raminho, a um palmo uma da outra, lembravam duas bolas emplumadas. Eram uma maior e outra menor. A menor tinha a parte inferior vermelha e o cocuruto preto. A maior era de um marronzinho aveludado, com a ponta da cauda de um amarelo vivo. O que eram? A partir desse encontro vaticinador virei e mexi até encontrar o providencial livrinho "Was fliegt denn da?" (O que voa aí?), da editora Franckh´sche. Este pequeno guia de identificação, das aves da Europa central, me abriu o caminho para o mundo alado!


Currículo profissional resumido:

• Iniciação em Jornalismo Científico (1976-78)
• Colaborador de pesquisas sobre aves nos convênios FZB/CEEE (1978), FZB/P. M. de Farroupilha (1978), FZB/FINEP (1979-80), FZB/IBDF (1982-84), FZB/FINEP (1983), UFRGS/CIENTEC (1987-88), FZB/COPESUL (1989-96) e FZB/REFAP (1990-91)
• Instrutor de cursos de identificação e anilhamento de aves, IBDF (1979/80/81/86)
• Colaborador do I Workshop Aves de Praia da Lagoa do Peixe, IBDF/MANOMET (1984)
• Colaborador do Projeto Aves Marinhas e Continentais da Antártica, UNISINOS/CIRM (1985/86/87)
• Detentor do "Kl. D. Sprachdiplom" (proficiência na língua alemã), Instituto Goethe, Munique, Alemanha (1984)
• Sócio-fundador e secretário do Clube de Observadores de Aves - COA (1974-77)
• Sócio-fundador (1987) e secretário (1991-93) da Sociedade Brasileira de Ornitologia - SBO
• Membro honorário do Conselho Consultivo do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, CBRO (2001-presente)
• Autor de contribuições sobre temas naturalísticos em periódicos nacionais e estrangeiros
• Tradutor de artigos em alemão para o português, de assuntos diversos
• Áreas de Interesse: Ecologia de aves e História da Ornitologia no Rio Grande do Sul


Abordagem metodológica

A tradução desses artigos para a língua portuguesa levou em conta principalmente o seu elevado valor histórico, o que fez com que se zelasse em primeiro lugar por alcançar a maior fidelidade possível ao texto original, às vezes em detrimento de uma melhor fluência do texto em português. Igualmente procurou-se respeitar ao máximo o modo de escrever algo rebuscado do autor, notadamente as costumazes sentenças longas e a linguagem em voga. Afirmações e outras menções do autor, emitidas com base no conhecimento da época, mas que, sabidamente, não mais correspondem aos preceitos de hoje, evidentemente não foram retificadas nem excluídas. Notas explicativas foram adicionadas com a finalidade de contextualizar historicamente certos fatos ou declarações, situar o leitor em relação a nomes de pessoas ou instituições da época e atualizar a nomenclatura científica utilizada pelo autor.

A metodologia do trabalho tradutório adotada inspirou-se na experiência relatada por Paulo Rónai, junto a Aurélio Buarque de Holanda, e consistiu de uma primeira tradução quase "ao pé da letra" (WAV), com subseqüente releitura e correções (GAB e, nos textos relativos aos mamíferos, FSV), releituras combinadas, argumentativas (WAV e GAB) e, finalmente, a elaboração do texto final.

Que o resultado desse esforço possa satisfazer à curiosidade dos leitores e contribuir para um maior conhecimento das coisas da nossa terra! É o que desejamos.


Artigos traduzidos na primeira série do projeto Naturalistas da Região Sul:

Berlepsch, H. von & H. von Ihering . 1885. Die Vögel der Umgegend von Taquara do Mundo Novo, Prov. Rio Grande do Sul [As aves dos arredores de Taquara do Mundo Novo, Prov. Rio Grande do Sul]. Publicado no periódico Zeitschrift für die gesammte Ornithologie, volume 2, páginas 97-184. PARTE 1 JÁ DISPONÍVEL!
Ihering, H. von. 1887. Ornithologische Forschung in Brasilien [Investigação ornitológica no Brasil]. Publicado no periódico Ornis - Zeitschrift für die gesammte Ornithologie, volume 3, páginas 569-581. JÁ DISPONÍVEL!

Ihering, H. von. 1888. Die Vögel der Lagoa dos Patos. Eine Zoo-Geographische Studie [As aves da Lagoa dos Patos. Um estudo zoogeográfico]. Publicado no periódico Zeitschrift für die gesammte Ornithologie, volume 4, páginas 142-165. JÁ DISPONÍVEL!


Quem foi Ihering?

O médico, filósofo e naturalista Hermann von Ihering nasceu em Giessen, Alemanha, em 9 de outubro de 1850. Já desfrutando de sólida reputação como zoólogo, veio ao Brasil em 1880, onde radicou-se inicialmente em Taquara ( 1880 a 1883) e, mais tarde, em diversas outras localidades do Rio Grande do Sul. Durante sua permanência no Estado, exerceu a dupla atividade de clínico e naturalista, tendo publicado numerosos artigos científicos que representam uma contribuição pioneira e inestimável às Ciências Naturais do Rio Grande do Sul. Ihering produziu as primeiras listas sistemáticas das árvores, mamíferos e aves do Estado, bem como deixou importantes contribuições ao conhecimento da biologia, ecologia e biogeografia da fauna e flora sul-rio-grandenses. Em 1892, mudou-se para São Paulo, onde foi convidado a chefiar a seção de zoologia da Comissão Geográfica e Geológica e, em janeiro de 1894, assumiu a direção do então recém-criado Museu Paulista, cargo que exerceu por 22 anos. Ali fundou, em 1896, a Revista do Museu Paulista, que por muito tempo foi um dos principais periódicos nacionais de divulgação científica. Ao longo de sua profícua existência, Ihering dedicou-se principalmente ao estudo dos moluscos, aves, mamíferos, peixes, crustáceos e insetos. Também publicou diversos ensaios sobre zoogeografia, botânica, etnografia, antropologia, paleontologia e biologia aplicada, bem como tratou pioneiramente acerca da conservação da fauna e flora brasileiras. Ihering faleceu em Büdingen, Alemanha, em 26 de fevereiro de 1930, deixando um precioso legado científico de mais de 320 trabalhos publicados, versando em sua maioria sobre Zoologia. O conjunto de sua obra o distingue como um cientista à frente de sua época, que não só soube aplicar aqui a disciplina e os métodos científicos trazidos de sua Europa nativa, mas também cultivou o intercâmbio científico e contribuiu decisivamente para a consolidação e a modernização dos museus e coleções científicas no Brasil.


Documentos relacionados

Bibliografia ornitológica sul-rio-grandense (doc - 350KB)

10 de fev. de 2010

Tampinhas de garrafas pet servirão para filtragem ecológica no Zoo

Reduzir o consumo e garantir a qualidade da água para os animais do Jardim Zoológico de Salvador, através de um sistema barato e alternativo. Esta é a proposta da campanha CataZoo, idealizado pelo grupo de cinco alunos de Relações Públicas da UNEB com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).
O CataZoo prevê a arrecadação de 2 milhões de tampinhas de garrafas pet, que serão utilizadas em filtros naturais para a limpeza da água dos animais aquáticos que vivem no parque. Esse número de tampinhas é suficiente para encher e limpar os cinco tanques, responsáveis pelo sistema de filtragem dos hipopótamos, macacos pregos, antas, aves de rapina entre outros animais.
Filtros ecológicos - Gerson Norberto, coordenador do Zoo, informou que a construção dos filtros poderia ser feita através de um material plástico vendido nos Estados Unidos, que custa U$ 1,50 a unidade. “Através das tampinhas se obtém o mesmo resultado gratuitamente. As algas presentes na água serão filtradas e depositadas nas ranhuras das tampinhas plásticas”, explicou Norberto, ao enfatizar que a retirada das algas garante a limpeza dos filtros.
Ecologicamente viável - Todo material utilizado no sistema de filtragem com o aproveitamento das tampinhas é de baixo custo e reutilizável em outras áreas, podendo ser transferido a qualquer momento. Além disso, a ação permite a reciclagem de uma grande quantidade de tampinhas, estimula a população a fazer coleta seletiva de lixo e ainda alerta para a necessidade de reutilizar materiais.
Comunicação - Para obter êxito, a campanha conta com a participação de todos. As pessoas que desejarem participar e obter informações da iniciativa pode acessar o blog através do endereço http://www.catazoo.blogspot.com/.

Para quem deseja colaborar com a campanha, as tampinhas podem ser entregues na Secretária Estadual do Meio Ambiente (Sema), no CAB, ou no Jardim Zoológico de Salvador, em Ondina.

Fonte: IMA